Tomamos o coletivo para o Parque Arqueológico de San Agustin, sítio onde viveu, segundo se crê, a mais antiga civilização sul-americana, descoberta em 1756 por Frei Juan de Santa Gertrudis, consoante a informação do arqueólogo LUIS DUQUE GOMEZ, que por mais se cinqüenta anos se dedicou a elucidar os dados a ela referentes.
Visitamos o Museu, onde constatamos a presença da escada e da espiral nos maracás dos índios tukano, habitantes da região fronteiriça Brasil-Colômbia.
Dentre os utensílios da civilização San Agustin, apareciam narigueiras de ouro, colares de contas de pedra, concha, osso e ouro.
Na cerâmica, novamente a escada e a espiral.
Havia ali também as informações sobre outras civilizações que habitaram a Colômbia, como foi o caso dos Tairona e dos Chibchas ou Muiskas, estes últimos, finos ourives cuja área abrangia desde a Colômbia até a Costa Rica e a Venezuela.
Aliás, sobre todas estas civilizações, salvo a Cultura San Agustin, e ainda sobre a história da Colômbia após a descoberta da América o livro de Edvaldo Pereira Lima - Colômbia, espelho, América - é repleto de informações.
Lamentável a omissão, sobretudo porque o autor que estou chamando à ordem esteve na Região do Magdalena...
O Parque propriamente dito começa pela visita ao Bosque das Estátuas, onde se viam personagens representando deuses da guerra, da música, dos alucinógenos, do sol, da lua.
Muitos se pareciam com seres humanos com dentes de felino, sugerindo tratar-se de uma civilização belicosa, inclusive com hábitos antropofágicos.
Aliás, o intenso culto ao felino também se verificava entre os astecas, que nele personificavam o deus Tezcatlipoca, patrono dos feiticeiros, dos guerreiros e dos malvados.
Na indumentária, rica e variada, aparecia, como curiosidade, o estojo peniano, o ba, até hoje utilizado pelos índios da Amazônia e sem o qual, segundo Darcy Ribeiro, muitos não se sentem vestidos nem mesmo se estiverem cobertos dos pés à cabeça por um smocking.
Uma escultura especialmente dedicada à ave de rapina e à serpente, como víramos em Chavin.
Mais estátuas se viam ao se sair do Bosque das Estátuas, em cercados onde se divisavam os dólmens, mais trabalhados que os de Stonehenge, recebendo os "menires" o tratamento de cariátides, isto é, figuras de guerreiros que suportavam a grande pedra posta na horizontal.
Visitamos o Museu, onde constatamos a presença da escada e da espiral nos maracás dos índios tukano, habitantes da região fronteiriça Brasil-Colômbia.
Dentre os utensílios da civilização San Agustin, apareciam narigueiras de ouro, colares de contas de pedra, concha, osso e ouro.
Na cerâmica, novamente a escada e a espiral.
Havia ali também as informações sobre outras civilizações que habitaram a Colômbia, como foi o caso dos Tairona e dos Chibchas ou Muiskas, estes últimos, finos ourives cuja área abrangia desde a Colômbia até a Costa Rica e a Venezuela.
Aliás, sobre todas estas civilizações, salvo a Cultura San Agustin, e ainda sobre a história da Colômbia após a descoberta da América o livro de Edvaldo Pereira Lima - Colômbia, espelho, América - é repleto de informações.
Lamentável a omissão, sobretudo porque o autor que estou chamando à ordem esteve na Região do Magdalena...
O Parque propriamente dito começa pela visita ao Bosque das Estátuas, onde se viam personagens representando deuses da guerra, da música, dos alucinógenos, do sol, da lua.
Muitos se pareciam com seres humanos com dentes de felino, sugerindo tratar-se de uma civilização belicosa, inclusive com hábitos antropofágicos.
Aliás, o intenso culto ao felino também se verificava entre os astecas, que nele personificavam o deus Tezcatlipoca, patrono dos feiticeiros, dos guerreiros e dos malvados.
Na indumentária, rica e variada, aparecia, como curiosidade, o estojo peniano, o ba, até hoje utilizado pelos índios da Amazônia e sem o qual, segundo Darcy Ribeiro, muitos não se sentem vestidos nem mesmo se estiverem cobertos dos pés à cabeça por um smocking.
Uma escultura especialmente dedicada à ave de rapina e à serpente, como víramos em Chavin.
Mais estátuas se viam ao se sair do Bosque das Estátuas, em cercados onde se divisavam os dólmens, mais trabalhados que os de Stonehenge, recebendo os "menires" o tratamento de cariátides, isto é, figuras de guerreiros que suportavam a grande pedra posta na horizontal.
Macacos também se viam representados e, segundo alguns, estariam relacionados com os excessos da lascívia, com a potência sexual, já que desempenham este papel em lendas de diversas tribos da região do Rio Magdalena.
Via-se também a representação da rã com caninos e garras, que, segundo os arqueólogos seria uma divindade da morte e das águas.
Ali também se encontrava o mais antigo fogão da América do Sul, datado do ano 3.000 a. C., anterior à civilização que recebeu o nome do sítio, que ali viveu do século VI a. C. ao século V d. C.
A Fonte de Lavapatas chamava a atenção pelos entalhes nas pedras, formando desenhos serpentiformes que, ao mesmo tempo em que desviavam o curso da água para o rumo desejado, representavam as concepções religiosas dos integrantes da cultura San Agustin.
Comemos empanadas.
Um dos guias do Parque, que não contratamos, falava o português e era estudante de arqueologia.
Pegamos o ônibus de volta, tomamos um banho, fechamos a bagagem, entregamos a habitação.
Contratamos um carro por 25 dólares para nos levar a Alto de los Idolos (ida e volta).
O motorista, chamado Oscar, muito atencioso, conduziu-nos por uma trilha onde se via o Rio Magdalena, às margens do qual florescera a Cultura San Agustin, a cortar a floresta amazônica, trilha que normalmente se fazia a cavalo.
Em Alto de los Idolos, além dos dólmens, impressionavam os sarcófagos de pedra, cuja concepção estética não deixava de lembrar a dos antigos egípcios.
As moradias deste povo, segundo os resultados de expedição arqueológica de 1957/1958, tinham planta circular, como a dos índios norte-americanos e amazônicos, e eram feitas de materiais perecíveis, ao contrário dos túmulos.
A preocupação em dar aos mortos uma residência mais duradoura que aos vivos estaria calcada, segundo os especialistas, na concepção do caráter efêmero da vida e da irreversibilidade da morte.
Retornamos às 16h, quando compramos passagens para Bogotá.
No Residencias Familiar, cujo restaurante era bom, comi uma sopa de verduras, enquanto Scheila, não renegando suas origens, deliciou-se com um spaghetti à bolonhesa.
O garçon do hotel estava em seu dia de aniversário, razão por que seu patrão lhe dera folga.
Embebedara-se.
Durante a nossa refeição, deu-lhe na cabeça a idéia de nos mostrar os presentes que ganhara de seus amigos.
Às 17h30, saímos para um passeio na cidade.
Encontramos um busto de Bolivar, sob o qual fiz questão de tirar uma fotografia.
No ônibus para Bogotá, a música era tocada a todo volume, apesar de serem já mais de 22h.
Todos compraram passagem para irem sentados.
Entretanto, muitos levaram consigo as respectivas crianças.
Estávamos sentados na frente.
Entretanto, uma confusão que se travou entre os postulantes da poltrona logo atrás da nossa, decorrente de um erro da própria empresa, foi decisiva para que nos mudássemos para o fundo do ônibus, terminando com a pendenga, pois os que compraram o assento em último lugar ocuparam o que originariamente seria nosso.
Via-se também a representação da rã com caninos e garras, que, segundo os arqueólogos seria uma divindade da morte e das águas.
Ali também se encontrava o mais antigo fogão da América do Sul, datado do ano 3.000 a. C., anterior à civilização que recebeu o nome do sítio, que ali viveu do século VI a. C. ao século V d. C.
A Fonte de Lavapatas chamava a atenção pelos entalhes nas pedras, formando desenhos serpentiformes que, ao mesmo tempo em que desviavam o curso da água para o rumo desejado, representavam as concepções religiosas dos integrantes da cultura San Agustin.
Comemos empanadas.
Um dos guias do Parque, que não contratamos, falava o português e era estudante de arqueologia.
Pegamos o ônibus de volta, tomamos um banho, fechamos a bagagem, entregamos a habitação.
Contratamos um carro por 25 dólares para nos levar a Alto de los Idolos (ida e volta).
O motorista, chamado Oscar, muito atencioso, conduziu-nos por uma trilha onde se via o Rio Magdalena, às margens do qual florescera a Cultura San Agustin, a cortar a floresta amazônica, trilha que normalmente se fazia a cavalo.
Em Alto de los Idolos, além dos dólmens, impressionavam os sarcófagos de pedra, cuja concepção estética não deixava de lembrar a dos antigos egípcios.
As moradias deste povo, segundo os resultados de expedição arqueológica de 1957/1958, tinham planta circular, como a dos índios norte-americanos e amazônicos, e eram feitas de materiais perecíveis, ao contrário dos túmulos.
A preocupação em dar aos mortos uma residência mais duradoura que aos vivos estaria calcada, segundo os especialistas, na concepção do caráter efêmero da vida e da irreversibilidade da morte.
Retornamos às 16h, quando compramos passagens para Bogotá.
No Residencias Familiar, cujo restaurante era bom, comi uma sopa de verduras, enquanto Scheila, não renegando suas origens, deliciou-se com um spaghetti à bolonhesa.
O garçon do hotel estava em seu dia de aniversário, razão por que seu patrão lhe dera folga.
Embebedara-se.
Durante a nossa refeição, deu-lhe na cabeça a idéia de nos mostrar os presentes que ganhara de seus amigos.
Às 17h30, saímos para um passeio na cidade.
Encontramos um busto de Bolivar, sob o qual fiz questão de tirar uma fotografia.
No ônibus para Bogotá, a música era tocada a todo volume, apesar de serem já mais de 22h.
Todos compraram passagem para irem sentados.
Entretanto, muitos levaram consigo as respectivas crianças.
Estávamos sentados na frente.
Entretanto, uma confusão que se travou entre os postulantes da poltrona logo atrás da nossa, decorrente de um erro da própria empresa, foi decisiva para que nos mudássemos para o fundo do ônibus, terminando com a pendenga, pois os que compraram o assento em último lugar ocuparam o que originariamente seria nosso.
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