Durante o desayuno, descobrimos que o hotel era regido por uma família.
Estava ligada a TV a Cabo no Discovery, que mostrou documentários sobre Tróia e sobre o Castelo de Glamis, na Escócia, cujo senhor foi Macbeth.
Notamos que o café produzido na Costa Rica era melhor que o da Colômbia, mais parecido com o nosso.
Visitamos o Museu do Ouro, onde vimos os artefatos que conduziram Colombo a dar à terra o nome pelo qual até hoje é conhecida.
Os chibchas e os chorotegas - estes últimos, habitantes da Costa Rica e da Nicarágua, os dois países que quase se converteram em uma das unidades da federação norte-americana, na louca aventura do filibusteiro William Walker - revelaram uma rica visão de mundo, capaz de amealhar vários elementos.
Os enfeites de ouro dos chibchas representavam figuras antropomorfas e zoomorfas.
Insetos e crustáceos.
Miniaturas de ouro.
As cerâmicas apresentavam fortes semelhanças com a mochica, especialmente pelos vasos com fisionomias, indicando as respectivas finalidades.
O culto do felino continuava presente.
Mesetas de pedra com tripé, entalhadas com representações as mais variadas, arabescos, os mais delicados.
Museu de Jade, onde eram possíveis fotos, desde que sem flash.
As peças, que denunciavam uma forte influência olmeca, eram cuidadosamente entalhadas, sem qualquer rachadura ou risco acidental.
A cerâmica chorotega lembrava muito a marajoara pelo intumescimento dos braços e pernas e os seios pequenos e proeminentes nas figuras antropomorfizadas.
Comemos no Burger King.
Fomos ao ICT para pegarmos informações sobre a visita aos vulcões.
Decidimos visitar no dia seguinte o Poás, pois o Irazú somente era accessível aos sábados e domingos, sendo que as agências privadas de turismo cobravam 55 dólares por pessoa.
Tentamos, ainda, junto ao ICT, conseguir folhetos sobre a parte arqueológica da Costa Rica, mas a repartição no momento deles não dispunha.
Prometeram providenciá-los no dia seguinte.
Compramos duas pequenas mochilas por oito dólares cada, duas vezes e meia mais baratas que no Brasil.
Visitamos o prédio da Corte Interamericana de Direitos Humanos, onde exercia a judicatura o Professor Antônio Augusto Cançado Trindade.
Tratava-se de um sobrado branco, situado em um bairro classe média alta de San José, estilo Jardim América em São Paulo, Lago Norte em Brasília ou Bela Vista em Porto Alegre.
Estava fechada na ocasião.
No dia seguinte, pegamos no terminal TUASA o ônibus para o Vulcão Poás.
A diferença com o preço oferecido pelas Agências de Turismo era brutal: elas cobravam dez vezes mais do que a passagem de ônibus.
Passamos por Alajuela e seguimos por uma estrada margeada por pés de café.
Chegando à entrada do Poás, notamos que os estrangeiros pagavam 6,5 vezes mais que os nacionais para adentrarem o Parque.
Andamos por uma senda que conduziria à cratera.
Atravessávamos as nuvens.
As névoas a encobriam.
Contudo, sentíamos-lhe a proximidade pelo forte cheiro de enxofre.
Enquanto não se desvaneciam as nuvens, seguimos para a Laguna Botos, situada a 15 minutos de caminhada da cratera e que recebeu este nome por causa de uma tribo, cujos membros eram muito cobiçados pelos espanhóis como força de trabalho.
Embora, durante algum tempo, a laguna de águas verdes, geladas e áridas, que tinha por habitantes uma espécie de alga e um tipo de lagostim, situada em uma cratera extinta, circundada por uma vegetação rica e exuberante, víamos uma grande variedade de pássaros e brincávamos com os esquilos, que esqueciam a timidez característica para posarem para as filmadoras e máquinas fotográficas e catarem os salgadinhos que lhes eram oferecidos pelos turistas.
Retornamos à cratera ativa, ainda envolta pelas nuvens, que, de quando em quando, se afastavam por alguns segundos.
Um turista espanhol utilizou uma expressão muito apropriada: teríamos de colher a cena à traição, dirigindo as câmeras, no momento preciso, ao lago que se formara ali, do qual emanavam vapores a uma temperatura de 950° C.
Chovia, fazia sol, e nada das nuvens revelarem a cratera.
Dirigimo-nos, então, à entrada do Parque, fomos à sala de exposições, onde se viram várias informações sobre o papel geológico dos vulcões e sua ação tanto na construção como na destruição.
Assistimos, ainda, a um vídeo sobre o Vulcão Poás.
Às 13h40, retornamos, esperando o desvanecimento das nuvens.
Às 14h05, finalmente, revelou-se a cratera, dando-nos tempo para as fotos.
No ônibus, o turista espanhol nos esclareceu a respeito das praias costarricenses, recomendando-nos, à vista de termos manifestado a preferência por mares calmos, Sámara.
Às 16h, chegamos a San José.
Scheila adquiriu dois sacos plásticos para envolvermos nossa bagagem.
Dirigimo-nos ao ICT para pegarmos o catálogo que nos havia sido prometido na véspera e descobrimos que, além de estar fechado para o atendimento ao público, tais informações somente poderiam ser obtidas junto à representação do órgão no Museu do Ouro, àquela hora, também fechado.
Passeamos pelo centro de San José e tivemos curiosidade a respeito de um castelo que se via ao final da Calle 4.
Seguimos a pé até o final e descobrimos que se tratava do Museu do UNICEF.
Retornamos ao hotel, pedindo para sermos acordados às 4h30 do dia seguinte.
domingo, 22 de março de 2009
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