Acordamos bem cedo e tomamos nosso café da manhã. O trem sairia às 6 e meia, ligando Cuzco a Vilcabamba.
Conseguíramos passagem de primeira classe - o que, no Peru, não significa necessariamente viagem sentado - e teríamos de descer em Águas Calientes para pegarmos o ônibus até a cidade perdida.
Deixamos - arrepender-nos-íamos amargamente depois - pago adiantado o quarto e ficou em depósito nossa bagagem.
Levamos apenas uma muda de roupa, petrechos de higiene pessoal e roupa de banho, já que em Águas Calientes se situa um balneário que, aos tempos incaicos, era o banho do Filho do Sol.
Sentados embora, nós, os estrangeiros, víamos os peruanos sentados no chão ou viajando em pé, levando comida para vender em Ollantaytambo, Macchu Picchu e no final da linha, Quillabamba.
Uma mulher tentou ingressar com a volumosa bagagem no vagão.
Um funcionário da ferrovia, malgrado tivesse ela pago a passagem, tentou arrancar-lha das mãos, ao argumento de que excessiva para ser transportada (de fato eram sacos enormes, que chegavam mesmo a atravancar a circulação nos corredores).
Não houve nenhuma cena de heroísmo, que, além de desnecessário, pois parece que os peruanos estavam resolvendo bem o problema ao modo deles, seria, até, prejudicial, por prolongar um incidente profundamente desagradável.
Em Águas Calientes tomávamos um ônibus para subir até a entrada da Cidade Perdida.
Chegando aos portais, antes de entrarmos, almoçamos no restaurante do hotel que se situava ali ao lado.
Reuniu-se o grupo, logo após o almoço.
Atravessamos os portais e nos deparamos com um promontório de onde tínhamos uma visão panorâmica das ruínas, tendo como fundo o Monte Huayna Picchu e ao lado o vale do Uilcanota.
Chovia ao mesmo tempo em que fazia um calor insuportável.
Tiramos a foto clássica, com o Huayna Picchu perpassado por nuvens.
Ficamos algum tempo admirando a visão de Macchu Picchu, que era inacreditável de tão bela!
Descemos para visitar as construções.
Tal como em Pisaq, havia um observatório.
Chamavam a atenção também o relógio de sol, as praças, as pedras esculpidas, o verde da floresta amazônica onde se edificou aquela cidadela.
Conseguíramos passagem de primeira classe - o que, no Peru, não significa necessariamente viagem sentado - e teríamos de descer em Águas Calientes para pegarmos o ônibus até a cidade perdida.
Deixamos - arrepender-nos-íamos amargamente depois - pago adiantado o quarto e ficou em depósito nossa bagagem.
Levamos apenas uma muda de roupa, petrechos de higiene pessoal e roupa de banho, já que em Águas Calientes se situa um balneário que, aos tempos incaicos, era o banho do Filho do Sol.
Sentados embora, nós, os estrangeiros, víamos os peruanos sentados no chão ou viajando em pé, levando comida para vender em Ollantaytambo, Macchu Picchu e no final da linha, Quillabamba.
Uma mulher tentou ingressar com a volumosa bagagem no vagão.
Um funcionário da ferrovia, malgrado tivesse ela pago a passagem, tentou arrancar-lha das mãos, ao argumento de que excessiva para ser transportada (de fato eram sacos enormes, que chegavam mesmo a atravancar a circulação nos corredores).
Não houve nenhuma cena de heroísmo, que, além de desnecessário, pois parece que os peruanos estavam resolvendo bem o problema ao modo deles, seria, até, prejudicial, por prolongar um incidente profundamente desagradável.
Em Águas Calientes tomávamos um ônibus para subir até a entrada da Cidade Perdida.
Chegando aos portais, antes de entrarmos, almoçamos no restaurante do hotel que se situava ali ao lado.
Reuniu-se o grupo, logo após o almoço.
Atravessamos os portais e nos deparamos com um promontório de onde tínhamos uma visão panorâmica das ruínas, tendo como fundo o Monte Huayna Picchu e ao lado o vale do Uilcanota.
Chovia ao mesmo tempo em que fazia um calor insuportável.
Tiramos a foto clássica, com o Huayna Picchu perpassado por nuvens.
Ficamos algum tempo admirando a visão de Macchu Picchu, que era inacreditável de tão bela!
Descemos para visitar as construções.
Tal como em Pisaq, havia um observatório.
Chamavam a atenção também o relógio de sol, as praças, as pedras esculpidas, o verde da floresta amazônica onde se edificou aquela cidadela.
Relógio de Sol - Macchu Picchu
A impressionante câmara de torturas convertia-se num brinquedo de turistas despreocupados que enfiavam os braços pelos vãos existentes nas pequenas colunas de pedra que ladeavam o assento em que se colocavam os prisioneiros.
Vertiginosas escadarias que davam a impressão de terminarem num abismo verdejante.
Sim, lá estávamos, naquela cidade perdida até 1911, quando Bingham a encontrou.
Quanta tinta desde então não correu à volta de conjecturas.
De que material seriam feitos os telhados daquelas edificações, cujas paredes resistem à ação do tempo e aos constantes abalos sísmicos, apesar da ausência aparente de argamassa ou qualquer outro adesivo, coisa que constatáramos já nas outras ruínas que víramos e que lograríamos novamente ver nas ruínas missioneiras no Rio Grande do Sul?
Estaríamos numa cidadela militar ou num centro religioso?
Como a civilização incaica, oficialmente ágrafa, teria podido projetar aquela obra-prima de urbanismo?
Quais as razões para se abandonar um sítio tão seguro?
Levantam-se, hoje, inclusive dúvidas sobre ser Macchu Picchu uma cidade incaica ou anterior à chegada e ascenção da civilização incaica.
Claro que tinha de haver alguns incidentes, como a troca de filme da máquina, em que improvisamos com o meu pala uma proteção contra a luz solar.
Meu fabuloso medo de altura fazia-me descer as escadarias a passo lento, e encostado à parede, se a houvesse.
De qualquer sorte, a não ser pela inexistência de luz elétrica, Macchu Picchu vale bem uma cidade atual.
Reencontramos os que estavam no barco de Bernardo conosco no Lago Titicaca, à exceção do casal de gaúchos, que fizeram a pé a trilha inca durante três dias de Cuzco a Macchu Picchu, e tiramos uma foto, todos juntos.
As pedras com representações de animais, especialmente a ave e o felino.
Procurávamos a casa das três janelas na qual se dizia ter nascido Wiraqocha.
Mais tarde, elaborando seu trabalho de conclusão do curso de História, Scheila descobriu não ser pacífico que o deus tivesse nascido em Macchu Picchu, havendo uma versão bastante aceita de que a casa das três janelas se situaria em Pacaritanpu.
Ao terminarmos a visita, resolvemos pernoitar em Águas Calientes, pois um dos brasileiros que conhecêramos na viagem partira de Brasília especialmente para tomar banho nas termas que deram o nome ao vilarejo.
Saímos, antes de nos dirigirmos ao balneário do Filho do Sol - que se situava no topo da ladeira -, em busca de pousada, o que se tornara uma dificuldade, pois com toda a falta de infra-estrutura, os poucos hotéis e hostales estavam lotados.
Achamos uma pousada que não tinha banheiro dentro do quarto.
Deixando ali nossos apetrechos, levando apenas as roupas de banho, dirigimo-nos ao balneário, onde esperávamos os efeitos reconfortantes das águas aquecidas pelo magma do subsolo.
Que terrível degradação!
Que decadência!
Os banhos do Inca, o Filho do Sol, convertidos em mictório público.
Dali saímos, entristecidos com mais esta falta de cuidado com a memória, tão típica do nosso Terceiro Mundo e que constitui um dos principais fatores para que continuemos a nos depreciar em face dos colonizadores europeus.
Aliás, por isto que mereceu todos os elogios a postura do Presidente do Uruguai ao negar ao Presidente argentino o pedido de destombamento do prédio da Embaixada da Argentina, uma vez que a preservação de tal edificação,dada a sua importância histórica, sobrelevava ao interesse ocasional de se lhe proceder à demolição para instalar escritórios do MERCOSUL.
Tomamos na pousada um banho de chuveiro e saímos para comer.
Descobrimos uma filial do Chez Maggi.
Ali havia duas belas e barulhentas araras de estimação que lutavam: um canindé e uma araraúna.
No dia seguinte, pago o pernoite, fomos até a estação de trem, que ficava algo longe da pousada.
Na volta para Cuzco, os peruanos foram à forra: os estrangeiros viajavam em pé no vagão de primeira classe.
O tratamento no Hostal em Cuzco já não era o mesmo que nos fora dispensado antes de viajarmos a Macchu Picchu.
O quarto com banho privado que nos fora destinado tinha um chuveiro cuja água não esquentava, o que era de desencorajar um esquimó ao banho.
Como paliativo, tomamos banho em um quarto vazio destinado a excursões, o que, entretanto, não deixou de nos chatear, pois pagáramos por um banheiro dentro do quarto que não estávamos utilizando.
Quando estávamos a tomar café da manhã, quiseram cobrar-nos a conta.
Felizmente, pedíramos, como de hábito, ao pagá-la adiantado, o recibo.
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