No dia seguinte, tomamos um excelente desjejum e fomos ao Banco Guayaquil para trocar traveller's checks.
Aproveitei para descobrir o endereço do Tribunal de Justiça do Acordo de Cartagena, mas não me lembrei de anotar.
Só guardei que ficava na 6 de diciembre.
Descobrimos inexistirem vôos de Quito a Popayán, com o que compramos vouchers de ônibus e pagamos o equivalente a 60 dólares, o que provocaria um incidente no dia seguinte.
Pegamos um ônibus para o Monumento a la Mitad del Mundo.
Do lado leste do Monumento, tiramos as fotos, o pé esquerdo no hemisfério norte, onde seria inverno, o pé direito no hemisfério sul, onde seria verão.
Pagamos, a seguir, as entradas para o Museu Antropológico, ocupante de todo o pedestal do Monumento.
Ali, são proibidas as fotos.
As diversas culturas equatorianas estavam ali representadas.
Os Cofan, da Amazônia, fisicamente, como dito, muito parecidos com os nossos índios.
Os Tsahilas ou Colorados, cujo nome provém do fato de untarem o cabelo com uma pasta vermelha que lhes serve de proteção contra a chuva e insetos, profundos conhecedores das propriedades das ervas.
Os Cholos, mais bem vestidos que no Peru e Bolívia, ostentando orgulhosamente seus adereços de ouro.
Os Quíchuas da Amazônia, cuja comunidade se caracterizava por dar um papel preponderante ao shaman e às mulheres, responsáveis pela fabricação - inclusive ritual - dos utensílios de argila.
Os Cañaris, dedicados ao cultivo de cereais e à tecelagem, coabitando com uma das residências preferidas de Atahuallpa, Ingapirca.
Os Shuar ou Jivaros, famosos caçadores de cabeças, detentores da tecnologia de as reduzir, convertendo-as nas tsantsas.
Os grupos da Província de Bolívar, com sua economia caracterizada pelo autoconsumo, tendo grande importância a fabricação de armas de fogo, jogos pirotécnicos e queijo, e ainda a extração de sal de forma rudimentar.
Os negros descendentes dos escravos dos jesuítas, que chegaram a formar comunidades semelhantes aos quilombos (Brasil) ou palenques (México).
Dentre eles destacavam-se os de Esmeraldas, cujos antepassados fugiram de um navio que encalhou no século XVI e os do vale do Chota, mais aculturados.
Um parêntesis necessário: muitos dos comentadores da Constituição brasileira de 1988, ao considerarem estranho que seu artigo 216 determinasse a preservação dos sítios dos antigos quilombos, já que estes teriam sido totalmente destruídos, ficariam surpresos se viajassem pelo interior do Pará e andassem pelas proximidades do Rio Trombetas e em Pacoval, afora outras localidades espalhadas pela selva amazônica, onde se preservaram traços da cultura quilombola e, mesmo, quilombos autênticos.
Voltemos ao Museu.
Havia informações sobre os caracteres geológicos e ecológicos do Equador, particularmente as Galápagos.
Dentro do Complexo Turístico Mitad del Mundo havia ainda uma maqueta de Quito Colonial, que iríamos conhecer no dia 1° de janeiro de 1997.
A maqueta revelou-se muito mais que um simples cenário: representava, sim, um dia em Quito Colonial, com seus sons, seu acender e apagar de luzes, anoitecer e amanhecer.
Pegamos um ônibus de volta a Quito Moderno, pois pretendíamos visitar o Museu Arqueológico.
Todavia, estava fechado.
Seguimos, depois, a Av. 6 de diciembre, em busca do Tribunal de Justiça do Acordo de Cartagena.
Embora nenhuma das pessoas com que falamos tivesse sido capaz de ubicar-nos a referida Corte, não se pode dizer que tivéssemos perdido o final da tarde.
Com efeito, comêramos, cada um, duas pizzas na pizzaria El hornero - em português, "o joão de barro" - e, em função desta procura, andamos desde a Casa de la Cultura, que abrigava o Museu Arqueológico, até a Av. Colón.
Obtivemos, ainda, informações sobre tours a Galápagos, caríssimos e para os quais precisaríamos dispor de, pelo menos, dez dias no Equador.
Ao chegarmos ao hostal, consultamos um catálogo telefônico: o Tribunal se situava na Roca com a 6 de diciembre.
Por lá passaríamos no dia seguinte, quando fôssemos visitar o Museu de Arqueologia.
Aproveitei para descobrir o endereço do Tribunal de Justiça do Acordo de Cartagena, mas não me lembrei de anotar.
Só guardei que ficava na 6 de diciembre.
Descobrimos inexistirem vôos de Quito a Popayán, com o que compramos vouchers de ônibus e pagamos o equivalente a 60 dólares, o que provocaria um incidente no dia seguinte.
Pegamos um ônibus para o Monumento a la Mitad del Mundo.
Do lado leste do Monumento, tiramos as fotos, o pé esquerdo no hemisfério norte, onde seria inverno, o pé direito no hemisfério sul, onde seria verão.
Pagamos, a seguir, as entradas para o Museu Antropológico, ocupante de todo o pedestal do Monumento.
Ali, são proibidas as fotos.
As diversas culturas equatorianas estavam ali representadas.
Os Cofan, da Amazônia, fisicamente, como dito, muito parecidos com os nossos índios.
Os Tsahilas ou Colorados, cujo nome provém do fato de untarem o cabelo com uma pasta vermelha que lhes serve de proteção contra a chuva e insetos, profundos conhecedores das propriedades das ervas.
Os Cholos, mais bem vestidos que no Peru e Bolívia, ostentando orgulhosamente seus adereços de ouro.
Os Quíchuas da Amazônia, cuja comunidade se caracterizava por dar um papel preponderante ao shaman e às mulheres, responsáveis pela fabricação - inclusive ritual - dos utensílios de argila.
Os Cañaris, dedicados ao cultivo de cereais e à tecelagem, coabitando com uma das residências preferidas de Atahuallpa, Ingapirca.
Os Shuar ou Jivaros, famosos caçadores de cabeças, detentores da tecnologia de as reduzir, convertendo-as nas tsantsas.
Os grupos da Província de Bolívar, com sua economia caracterizada pelo autoconsumo, tendo grande importância a fabricação de armas de fogo, jogos pirotécnicos e queijo, e ainda a extração de sal de forma rudimentar.
Os negros descendentes dos escravos dos jesuítas, que chegaram a formar comunidades semelhantes aos quilombos (Brasil) ou palenques (México).
Dentre eles destacavam-se os de Esmeraldas, cujos antepassados fugiram de um navio que encalhou no século XVI e os do vale do Chota, mais aculturados.
Um parêntesis necessário: muitos dos comentadores da Constituição brasileira de 1988, ao considerarem estranho que seu artigo 216 determinasse a preservação dos sítios dos antigos quilombos, já que estes teriam sido totalmente destruídos, ficariam surpresos se viajassem pelo interior do Pará e andassem pelas proximidades do Rio Trombetas e em Pacoval, afora outras localidades espalhadas pela selva amazônica, onde se preservaram traços da cultura quilombola e, mesmo, quilombos autênticos.
Voltemos ao Museu.
Havia informações sobre os caracteres geológicos e ecológicos do Equador, particularmente as Galápagos.
Dentro do Complexo Turístico Mitad del Mundo havia ainda uma maqueta de Quito Colonial, que iríamos conhecer no dia 1° de janeiro de 1997.
A maqueta revelou-se muito mais que um simples cenário: representava, sim, um dia em Quito Colonial, com seus sons, seu acender e apagar de luzes, anoitecer e amanhecer.
Pegamos um ônibus de volta a Quito Moderno, pois pretendíamos visitar o Museu Arqueológico.
Todavia, estava fechado.
Seguimos, depois, a Av. 6 de diciembre, em busca do Tribunal de Justiça do Acordo de Cartagena.
Embora nenhuma das pessoas com que falamos tivesse sido capaz de ubicar-nos a referida Corte, não se pode dizer que tivéssemos perdido o final da tarde.
Com efeito, comêramos, cada um, duas pizzas na pizzaria El hornero - em português, "o joão de barro" - e, em função desta procura, andamos desde a Casa de la Cultura, que abrigava o Museu Arqueológico, até a Av. Colón.
Obtivemos, ainda, informações sobre tours a Galápagos, caríssimos e para os quais precisaríamos dispor de, pelo menos, dez dias no Equador.
Ao chegarmos ao hostal, consultamos um catálogo telefônico: o Tribunal se situava na Roca com a 6 de diciembre.
Por lá passaríamos no dia seguinte, quando fôssemos visitar o Museu de Arqueologia.
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