Trocamos alguns traveller's checks no Banco de Crédito e tomamos algumas informações na Agência Estatal de Turismo.
Compramos um ticket que nos franqueava, por dez dias, acesso aos pontos turísticos, tirante Macchu Picchu, a US$ 10, cada um.
Fôssemos estudantes portadores da carteira internacional, o preço se reduziria pela metade.
Em seguida, descobrimos a melhor pizzaria de Cuzco, o Chez Maggi, onde se pode comer uma refeição composta de uma sopa, uma pizza a lenha e salada de frutas.
Dirigimo-nos depois à Agência de Turismo PISAQ, onde pegaríamos, às duas da tarde, o ônibus para um city tour.
Iniciamo-lo pelo Coriqancha, um antigo Templo incaico sobre o qual se erigiu o Convento de São Domingos.
As paredes deste Templo, antes revestidas de ouro, foram raspadas para o pagamento do resgate do Inca, aprisionado por Francisco Pizarro.
Um terremoto que abalou as paredes da construção espanhola, revelando a resistência das paredes dos índios, que foram capazes de desenvolver uma tecnologia ignorada pelos escolhidos de Deus para usufruírem do mundo como queriam.
Dali fomos à Catedral de Cuzco, onde não se pode filmar ou tirar fotografias.
Ricamente adornada em ouro, com um imenso altar, principiamos a visita pela parte mais conhecida como Igreja do Triunfo, em referência ao sucesso das armas espanholas contra os aborígenes.
Na Catedral propriamente dita, destacam-se os quadros com motivos cristãos, a que se incorporam elementos da fauna e flora locais, a demonstrar que não houve a completa absorção da cultura européia pela população local, as esculturas em ouro, o côro adornado com imagens de vários mártires da Igreja.
Esta observação é perfeitamente válida também em relação às Cidades Históricas de Minas Gerais, que eu visitara na Semana Santa do ano anterior.
O Museu da Inconfidência, em Ouro Preto, exibia esculturas do Aleijadinho e pinturas do Mestre Ataíde que, apesar de parecerem distorções, aberrações sob o ponto de vista da estética européia, traduziam a absorção do dado trazido pelo colonizador e a sua submissão às particularidades da Colônia tão difícil de administrar, especialmente na Capitania das Minas Gerais do século XVIII.
O Cristo dos Passos de Congonhas, embora louro e de olhos azuis, bem europeu, bem ariano, tinha todos os dedos da mão do mesmo tamanho, a indicar a igualdade de todos os homens perante Deus.
As cores das armas portuguesas nos uniformes dos carrascos, um anão no qual o meu querido Professor e amigo Washington Peluso Albino de Souza identificou a personificação da mesquinharia, tudo isto mostrando que nem na América espanhola, nem na América portuguesa a população conseguiu ser reduzida – embora muitos assim o desejem – à categoria de europeus de segunda linha.
Mas, voltemos a Cuzco.
Seguiu então o ônibus ao Cristo Branco, doado pela comunidade árabe-palestina da cidade, postado no alto de um monte onde se tinha uma vista panorâmica desta e que, visto da "fortaleza" de Saqsaywaman, tem a forma de uma pirâmide.
Ali, vendedores circundavam a imagem, cholas (pronuncia-se com "ô" fechado) traziam lhamas pela correia, pedindo que se lhes tirasse uma foto.
Partimos então para Saqsaywaman, uma das residências do Sol encarnado no Inca que aparece nas crônicas como fortaleza em virtude de ali ter sido travada uma das primeiras batalhas contra os espanhóis.
O grupo concentrou-se em uma praça entre a portentosa edificação e a pirâmide em cujo cume se achavam o Cristo Branco e uma cruz.
Naquela mesma praça, onde se realizava a festa máxima do Peru, o Inti Raymi ou Festa do Sol, pastava um trio de lhamas - animais que, ao contrário do que supõem os que assistiram a Alô, Amigos, de Disney, não podem ser cavalgados, por não suportarem sobre seus dorsos um peso superior a 35 quilos -.
Dali fomos ao Q'Enqo, templo labiríntico em forma de zigue-zague onde se realizavam sacrifícios em várias dependências.
A seguir, visitamos o Puka-Pukara, fortaleza onde se fazia o controle dos que se dirigiam a Cuzco, no século XX cercada por vendedores ambulantes e por pastores de lhamas.
Terminou o nosso city tour em Tambomachay, edificação onde se localizava a única fonte inca com todas as suas características intactas, sem qualquer aperfeiçoamento.
Reencontramos ali os argentinos que acamparam na Ilha do Sol.
Eles nos informaram da possibilidade de se obter a redução do preço da excursão para Macchu Picchu pela COOPSETUR.
À noite, durante o jantar no Chez Maggi, ficamos sabendo da existência de um espetáculo de danças típicas em que se podia, ainda, adquirir uma fita de vídeo que continha cenas das ruínas de Cuzco e mostrava as danças das festas principais da região.
Compramos um ticket que nos franqueava, por dez dias, acesso aos pontos turísticos, tirante Macchu Picchu, a US$ 10, cada um.
Fôssemos estudantes portadores da carteira internacional, o preço se reduziria pela metade.
Em seguida, descobrimos a melhor pizzaria de Cuzco, o Chez Maggi, onde se pode comer uma refeição composta de uma sopa, uma pizza a lenha e salada de frutas.
Dirigimo-nos depois à Agência de Turismo PISAQ, onde pegaríamos, às duas da tarde, o ônibus para um city tour.
Iniciamo-lo pelo Coriqancha, um antigo Templo incaico sobre o qual se erigiu o Convento de São Domingos.
As paredes deste Templo, antes revestidas de ouro, foram raspadas para o pagamento do resgate do Inca, aprisionado por Francisco Pizarro.
Um terremoto que abalou as paredes da construção espanhola, revelando a resistência das paredes dos índios, que foram capazes de desenvolver uma tecnologia ignorada pelos escolhidos de Deus para usufruírem do mundo como queriam.
Dali fomos à Catedral de Cuzco, onde não se pode filmar ou tirar fotografias.
Ricamente adornada em ouro, com um imenso altar, principiamos a visita pela parte mais conhecida como Igreja do Triunfo, em referência ao sucesso das armas espanholas contra os aborígenes.
Na Catedral propriamente dita, destacam-se os quadros com motivos cristãos, a que se incorporam elementos da fauna e flora locais, a demonstrar que não houve a completa absorção da cultura européia pela população local, as esculturas em ouro, o côro adornado com imagens de vários mártires da Igreja.
Esta observação é perfeitamente válida também em relação às Cidades Históricas de Minas Gerais, que eu visitara na Semana Santa do ano anterior.
O Museu da Inconfidência, em Ouro Preto, exibia esculturas do Aleijadinho e pinturas do Mestre Ataíde que, apesar de parecerem distorções, aberrações sob o ponto de vista da estética européia, traduziam a absorção do dado trazido pelo colonizador e a sua submissão às particularidades da Colônia tão difícil de administrar, especialmente na Capitania das Minas Gerais do século XVIII.
O Cristo dos Passos de Congonhas, embora louro e de olhos azuis, bem europeu, bem ariano, tinha todos os dedos da mão do mesmo tamanho, a indicar a igualdade de todos os homens perante Deus.
As cores das armas portuguesas nos uniformes dos carrascos, um anão no qual o meu querido Professor e amigo Washington Peluso Albino de Souza identificou a personificação da mesquinharia, tudo isto mostrando que nem na América espanhola, nem na América portuguesa a população conseguiu ser reduzida – embora muitos assim o desejem – à categoria de europeus de segunda linha.
Mas, voltemos a Cuzco.
Seguiu então o ônibus ao Cristo Branco, doado pela comunidade árabe-palestina da cidade, postado no alto de um monte onde se tinha uma vista panorâmica desta e que, visto da "fortaleza" de Saqsaywaman, tem a forma de uma pirâmide.
Ali, vendedores circundavam a imagem, cholas (pronuncia-se com "ô" fechado) traziam lhamas pela correia, pedindo que se lhes tirasse uma foto.
Partimos então para Saqsaywaman, uma das residências do Sol encarnado no Inca que aparece nas crônicas como fortaleza em virtude de ali ter sido travada uma das primeiras batalhas contra os espanhóis.
O grupo concentrou-se em uma praça entre a portentosa edificação e a pirâmide em cujo cume se achavam o Cristo Branco e uma cruz.
Naquela mesma praça, onde se realizava a festa máxima do Peru, o Inti Raymi ou Festa do Sol, pastava um trio de lhamas - animais que, ao contrário do que supõem os que assistiram a Alô, Amigos, de Disney, não podem ser cavalgados, por não suportarem sobre seus dorsos um peso superior a 35 quilos -.
Dali fomos ao Q'Enqo, templo labiríntico em forma de zigue-zague onde se realizavam sacrifícios em várias dependências.
A seguir, visitamos o Puka-Pukara, fortaleza onde se fazia o controle dos que se dirigiam a Cuzco, no século XX cercada por vendedores ambulantes e por pastores de lhamas.
Terminou o nosso city tour em Tambomachay, edificação onde se localizava a única fonte inca com todas as suas características intactas, sem qualquer aperfeiçoamento.
Reencontramos ali os argentinos que acamparam na Ilha do Sol.
Eles nos informaram da possibilidade de se obter a redução do preço da excursão para Macchu Picchu pela COOPSETUR.
À noite, durante o jantar no Chez Maggi, ficamos sabendo da existência de um espetáculo de danças típicas em que se podia, ainda, adquirir uma fita de vídeo que continha cenas das ruínas de Cuzco e mostrava as danças das festas principais da região.
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