Fomos tomar o café da manhã no 6 de Agosto. Deixamos prontas as mochilas e acertamos as contas no Hotel.
Em seguida, trocamos mais um traveller check no Banco BIDESA e almoçamos no 6 de Agosto, na esperança de encontrarmos nossos compatriotas para nos dirigirmos a Puno no mesmo ônibus. Ali mesmo soubemos: partiriam eles no ônibus das duas da tarde.
Na fronteira da Bolívia com o Peru, vimos que os guardas da fronteira tinham orientação bem diferente da que recebêramos na Embaixada da República da Bolívia no Brasil: entenderam que, pela ausência do carimbo de entrada no passaporte, estávamos ilegalmente em seu país. Um deles, por sinal, como se estivéssemos em uma história de ficção barata, era chamado "Pancho" pelo seu companheiro.
Scheila perdeu as estribeiras, deixando bem claro, misturando português, espanhol e italiano, que viéramos de avião, mostrando nossas passagens para provar a veracidade da assertiva, e não havia no Aeroporto de Cochabamba, tão rico em seres unusuais em qualquer aeroporto brasileiro, um único representante do controle de imigração e até então ninguém, nem mesmo a Marinha de Guerra, que a eles tivera acesso em Tequina, acusara qualquer irregularidade nos nossos passaportes.
Assim, só nos puderam extorquir a soma de dez "bolivianos" por dia, perfazendo um total de cinqüenta, o equivalentea quase 10 dólares.
Por algum tempo, alimentamos um certo interesse em acionar a República da Bolívia.
Afinal, somos obrigados a conhecer o direito do nosso país, não o do país vizinho.
A Embaixada tem o dever de prestar todas as informações necessárias a quem vá fazer turismo para evitar infringências à legislação local.
Entretanto, deixamos tal idéia de lado, considerando o custo e a demora dos processos, de um modo geral, ainda mais envolvendo uma questão complexa como esta, em que teríamos de constituir advogado na Bolívia, por conta de não se submeter esta à jurisdição brasileira, pelo princípio da imunidade jurisdicional recíproca entre os Países soberanos (os internacionalistas diriam, do alto de sua cátedra, par in parem non habet iudicio).
Em seguida, em Yunguyo, Peru, trocamos mais um traveller check e os nossos "bolivianos" por "soles".
domingo, 22 de março de 2009
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