domingo, 22 de março de 2009

A escada e a espiral - Capítulo 9: fronteira Equador Colômbia

Fomos recebidos no terminal de Quito Colonial pelo funcionário da Imbabura, que fora tão gentil no dia 31 de dezembro.

Pegamos o ônibus às 7h.

Música a todo volume.

Passaram no vídeo o filme Corra, que a polícia vem aí 2½.

A paisagem equatoriana é, efetivamente, muito bonita.

Cavalos bem tratados, vacas de pelo lustroso, cholas bem vestidas a cuidarem deles.

Matas verdejantes, tipicamente amazônicas, amplos lagos, que já pudéramos notar no caminho que fizéramos no último dia de 1996, de Quito a Otavalo, e que já havíamos, inclusive, fotografado.

Passamos novamente por Otavalo.

Entramos em Ibarra, com suas casas coloniais.

Aliás, um dos mais antigos dos meus antepassados paternos era um cavaleiro sevilhano chamado Don Manuel Camargo Ibarra, que lutou contra os árabes na Guerra da Reconquista, de acordo com um estudo de linhagens que foi divulgado recentemente no Brasil.

É comum nos países da América espanhola a reprodução do nome de cidades da Espanha.

Caso de Córdoba, na Argentina, Mérida, no México, Granada, na Nicarágua, Cartagena, na Colômbia, Ibarra, no Equador.

O Brasil não ficou atrás: Santarém, no Estado do Pará, faz referência à cidade do mesmo nome em Portugal.

Notamos que as mulheres índias da Província de Imbabura, onde se localizam tanto Otavalo como Ibarra, fazem questão de distinguir-se pela elegância, fato ilustrado pela vendedora de choclo (milho) que subiu no nosso ônibus para vender seu produto.

Ao chegarmos a Tulcán, tomamos um táxi cujo preço estava incluído no voucher até o posto fronteiriço.

Atravessamos a Ponte Rumicharca, carimbados os passaportes, até o posto fronteiriço colombiano.

Dali, tomamos um táxi, por nossa conta - o voucher não cobriu esta parte -, até Ipiales, onde pegaríamos o ônibus para Popayán.

Como em Ipiales não se trocavam traveller's checks, trocamos os nossos sucres por pesos em uma casa de câmbio para podermos fazer as despesas em Popayán.

O ônibus parou em vários lugares.

Tive a má iniciativa de inquirir uma mãe de família que se sentava em uma poltrona próxima se estaríamos muito longe de Popayán.

Em seguida, perguntou ela de onde éramos e, ao respondermos em voz baixa, repetiu ela em alto e bom som, alertando eventuais tipos suspeitos.

Chegamos a Popayán às 22h30, com a possibilidade de hospedagem em dois hotéis: La Ermida, indicado pelo pai da família cuja mãe nos pôs naquela situação de perigo potencial e Don Blas, cuja indicação fora feita no quadro de avisos do Hostal Centro del Mundo.

Optamos pelo Don Blas, que era o único que tinha habitação matrimonial com banho privado.

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